E foi muito tarde, bem tarde, que abri as janelas para ver se encontrava minha liberdade. Meus pés calcados em sangue e poesia, caminhavam rua acima sem saber exatamente o caminho da chegada ou se de fato estavam partindo de algum lugar, meus ouvidos maculados pelos segredos mais escuros que ecoavam da música ao longe podiam apenas sentir o arrastar da melodia, a palavra, que antes saia em harmonia, agora lambe o chão de terra que me encontro. Não sabia se de fato encontraria a liberdade azul, sabia como quem sabe se terá ou não sol amanhã, que meus pés a procuravam desesperadamente e que estando amarrada por trás daquela janela, eu podia apenas tocar a imensidão que me propunha o salto...
Não sabia de que altura estava, sabia que a queda era certa, sabia de fato, que a realidade era esse pular, era esse arremessar para fora, ou para dentro, dependendo da dimenssão que se espera...sabia apenas que era necessária a coragem e esta tinha, então viver buscando a liberdade era apenas dar aquele salto...e me propus a pular.
As palavras finais antes do gesto eram simples, nada de heroísmo, eram apenas desabafos,
em breve estarei livre, mais nada!
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