terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Engano


"recebo seu recado hoje. cubro qualquer página de flores e devolvo-te em resposta tão sublime.
não que me faltem palavras. não. é que do lado de cá realmente há um arco-íris e um céu colorido demais para dias cinzentos daí.
não julgo-te isto ou aquilo. apenas declaro minhas preferências. de certo, sou demais escancarada para me cobrir de ressalvas e esperanças. nunca esperei que fostes para mim nada além do que é; um cara.
desses que de vez enquando se esbarra na rua. desses que esquecemos o nome. desses que se perdem porque não deixam marca. acho que no fundo nunca me impressionei com você. sempre fostes aquilo que é; um cara. perdido. sem rumo que finge gostar dessa condição de se deixar leva.
não gosto de você hoje, nem amanhã. nem depois de amanhã que não será sábado. não gosto de você sempre. porque não tenho motivos para gostar. nunca na verdade esperei por nada; era certo que escreveríamos a quatro mãos qualquer coisa que falasse de nós. porém, foi engano achar que poderíamos escrever no mesmo compasso. somos qualquer coisa de opostos, qualquer coisa de engano.
pronto. não gosto de você hoje, nem nunca."

3 comentários:

  1. és tão doce quanto o proprio nome. rs
    Que bom que gostasse das minhas cartas, adorei aqui também.
    ;D

    beeijos flor!

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  2. Bom texto! Voltarei mais vezes.
    Prazer! =)

    Abraço.

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