domingo, 29 de abril de 2012

De cara nova, novos sentimentos

Tudo é um imenso rio. Ora de paz, ora guerra infinita.
Tudo é uma imensa forma de dizer não;
não ao tudo aquilo que não sabemos porque que é sim.

De repente, tudo é como parece ser
e as certezas nos entalam, sufocam,
des-nu-dam.

Tudo é uma devastação.
Uma delicada forma de morrer
a cada dia.

De repente, nada é como devia ser
e assim cria-se novos começos, novas etapass
duplas faces de uma mesma e inevitável face.

Tudo de repente é medo,
é escuro, é nebuloso
e será através disso que se terá o tão sonhado:

RE-NAS-CI- MEN- TO.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Estou aqui,

É com imensa alegria meus amigos que venho comunicar a minha volta. Espero que todos estejam de braços abertos para me receber.
Cá estou, depois de alguma temporada afastada por motivos tantos que nem quero lembrar agora, estou de férias e quero dividir este novo tempo de deleite com todos vocês.

Me aguardem....

Um grande beijo.
Mell

sábado, 10 de setembro de 2011

Meus caros amigos



há muita saudade no peito pulsando vontade de voltar; ainda espero poder contar com todos vocês; porém, esse negócio de tempo é complicado, ando aqui e acolá tentando trabalhar. tentando viver de qualquer modo para bem breve vir aqui e despejar textos de experiências tantas que ando recolhendo da vida.
uma enorme vontade de dividir com todos vocês entre taças de vinhos tintos e alguns goles de cafés sempre acompanhados do cigarro. mas eu venho. breve
abram os braços e abraços que eu tô voltando.
Mell

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Comunicado

Meus queridos, venho informar e me desculpar. Primeiramente me desculpar. Estou muito sumida. Mas por devidas causas justas. Muitos compromissos aqui, do lado de cá da tela. teatro, estudos, dedicação os filhotes, livro novo. Por isso, não estou escrevendo aqui. promento que em breve voltarei. mas por enquanto, preciso desse hiper tempo.
Informo que volto logo!**
e que estou morrendo de saudade de todos que vem aqqui e derramam seus carinhos e comentários;
um beijo enorme.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Para Ana


"Ana, qual tua angústia mais profunda? De que são feitos esses olhos de pedra tão bem esculpida? Qual o nome da tua fome? Qual a fala bandida que te azucrina, antes de te apaixonar? Onde em tua face delicada cabe a indelicadeza dos teus chamados tão medíocres? Qual lado de verdade existe em suas mãos tão afoitas e sadias?

Ah Ana! eu não sei se de te me livro, se em ti me derramo a me perder sem qualquer limite.

Onde no teu corpo tão miúdo, cheio de respostas sem perguntas, mora a sensatez? Quais das partes de ti é uma mentira daquelas absolutamente levianas?

Ah Ana! acho que todo teu mal encerra em teus lábios tão astutos e violentos. Cala-te uma noite de suas lamúrias, depois te digo onde mora tamanho perigo no teu existir.

Qual das cores é tua? (se de eterno colou-se o negro da tua pele robusta!) Qual das tuas censuras são de fato eternas venturas? Onde em ti está aquela sagacidade tão menina de querer e ter sem medidas? Nos teus cabelos há força ou desvios?

Ah Ana! conheço-te pelo faro bandido, banido de suas roupas quando dormes. Se te tenho nua, seu corpo mora pecado-ternura-solidão.

O que abrigas senão falhas e sonhos, cascalhos e poesias mastigadas, escritas em guardanapos tão vagabundos como a intenção de quem te rouba sorriso tão doce? O que te fascinas tanto na vida para que de gana sobreviva assim, violenta e absurda? O que te faz ser tão cheia de nada e ainda sim ser tão repleta de si?

Ah Ana! Eu não te entendo. Não entendo o amor que me come as vísceras todas as noites que de ti meu corpo chora saudade. eu não sei, e prefiro, de fato, morrer contigo sem qualquer entendimento."

domingo, 15 de maio de 2011

Ode à Narah


"Não temas, Narah. Nem tudo está perdido. Não temas a noite tão escura quanto sua alma.
Não temas, minha cara, esta noite passa. o amor também. derreta sua cobertura de carne e verá que no fundo só existe chumbo. estanho. aço.
Sei que tens coração tão leve, gestos tão delicados. mas não se assuste com minha paixão tão escancarada. vivo de um escarneo que não compreendo, só disfruto.
Não temas. É ainda cedo para que clames qualquer inocência na minha fala. já estou suja de amores urbanos. não temas. a melodia suave que sinto quando te vejo é só prelúdio. começo.
Não temas em viver com o vigor da última hora. a dor da última gota. o desespero do último trago. Não temas. Afinal, viver exige coragem. viver o amor então...(?!!) ultrapassa.
Não temas, caríssima, deixe que o verbo do amor corroa suas articulações, seus lábios, sua língua. É desse veneno tão doce que precisas para sua cura.
Não temas, menina. Tão doce, tão linda! Isso é a vida urgente que tanto falei. Vejo esse desejo romper os limites da sua carne, da sua ternura. querendo saltar para o lado de fora. querendo avançar sobre a ponte onde há um abismo.
Não se limite a deixar suas palavras em diários esquecidos, explore todos os gostos dos verbos e dos sujeitos. alimente-se da vida latente que existe debaixo desse corpo tão sinuoso e impreciso. frágil?
não!
depois , bem depois pensar em desistir."

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Ode á Alice


"Alice, me diga, o que levas daqui, para ai onde está sem quase não querer?
me diga se as nuvens são doces, se o céu é mesmo estrelado, se daqui fica saudade tormenta, dolorosa, como em mim deixou.
Alice, me diga; se daqui levou o livro, o pingente de marfim, o bilhete de amor que esquecia no jardim, ou se de tudo, apenas desejo permanente de não ir. (?)
me diga; antes que de dúvida eu morra na saudade de sua palavra doce. diga, antes que meus olhos se esqueçam do seu olhar tão menina, erva-tão-doce! Me diga se de longe ainda sim me podes amar como devoto a ti um amor que não existe. (?) me digas, porque senão hei de adormecer sem qualquer sonho de afeto e lembranças suas.
Ah, Alice, me diga qual a música, qual a palavra, qual o gosto do desgosto de te ver partir. me diga! me diga agora qual a vantagem de ter asas, se voo este tão rasante se voa sozinha, sem meu sorriso e toques a te acompanhar tão vigilante. (?) então me diga, o que se leva? o que se leva quando se está tão longe quanto estás. leva momentos de saudade, de gestos encantados, de palavras mal terminadas? me diga, para que eu possa falar a ti o que fica. (agora tão longe!)
Alice, me diga! porque em voz embargada de tarde, fim de tarde de abril, outono de folhas tão vivas quanto seus olhos a me tatear no escuro de antes, te digo, muita saudade de ti.
Ah Alice, me fere os pés a lembrança de tua paixão tão desaforada pela vida, e assim, num luto desesperado sem saber se terá fim, me pergunto:
onde deixar sua fotografia que vez ou outra, me assombra no corredor?
apesar de tudo, sinta-se beijada,
daqui sinto um abraço como aquele de antes!"