segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Fim

"não sou da vodka, da noite, nem das festas. sou daquelas que vê a noite como reflexo de imagens invertidas, de dentro pra fora, de fora para dentro, como num ciclo vicioso e doloroso;as vezes.
nao, eu não sou daquelas dos romances chulos, de algumas noites, de qualquer palavras, gosto dos jogos sinceros, escancarados, abertos. como meu coração que canta na madrugada.
não. eu não posso ser aquela, da qual se esquece depois de um tempo com qualquer outra menina de cabelos laranjados, poucas e confusas palavras. eu, meio zomza com o estrondo da sua chegada, sou daquelas que desejam eternamente. sem aquele papo de que infinito enquanto dure. sou do amor do sempre. sem que este seja maior ou menor; do tamanho exato de mim.
não, eu não sou dessas de sentar em alturas a viajar em espaços estrelares. sou do aqui e do agora. do amanhã. viajar é preciso que seja em línguas, dentes, dores e música. não sei sumir no espaço, dar espaço para aquele silêncio esmagador. sou da fala como o vinho é para o sangue. verborragica;
e não venha me dizer que finais felizes não existem, que amor é coisa de novela, de teatro, de poeta. ser feliz no final é uma opção e não é simplesmente dizer que não liga. é ligar muito,. muito! e eu ligo.
por isso, para mim não é final porque não houve início. não é começo porque zelo por finais com beijos e música. talvez a diferença é que eu seja cinematográfica e você, bem, aqueles poetas que figem tão completamente que deveras sente, aquilo que inventa."

este é o meu fim. e pronto.

2 comentários:

  1. Penso que criar expectativas pode fazer com que as pessoas enxerguem coisas onde não existe nada em cima de nada.

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