
"mando notícias minhas através do vento que ao cair da tarde toca sua pele macia e branca. o aperto no peito vem para te lembrar do amor que existia e você por motivos estes condenou.
mando notícias porque meu coração não se cansa de esperar pelo dia da sua volta. as horas nos levam cada vez mais para longe. haverá regresso? o tempo essa enorme alavanca do destino, nos afasta. asfixia o ar da saudade e me entorpece de pavor ao ver que o portão jamais se abrirá;
quanto tempo ainda resta para que meus olhos possam pousar sobre a tua calma aparente? quanto tempo ainda serei torturada, castigada, por erros infantís?
nunca mais haverá perdão, meus erros foram fatais a ti?
pensei que no amor essa estranha fatalidade era condição e não estado. pensei. amor como esses onde unir significa transformar dois em um, pensei que não houvesse fim.
de que forma devemos agir? naturalmente como virar a página para prosseguir a história?
eu acho que não há nada que possa destruir completamente um amor como o nosso. a menos que de qualquer modo, não exista mais aquilo que nos uniu.
meu recado para ti é passivo a correções. peço ao teu abandono que revogue meu direito de te amar sem medidas. é isso que peço. que permitas que eu te ame. de qualquer modo, seja como for."