quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Ordens!


Cala a minha boca com tua fala desmedida.
Feche os meus olhos com alguma cegueira previsória.
Estupra meus ouvidos com beijos que nunca serão lícitos.
Desvenda minha palavra com qualquer gemido surdo.
Arranca-me a roupa com o toque menos conhecido.
Preserva o meu amor com pequenas doses de dor e fúria.
Desarma meu silêncio com teus mimos.
Entorpece-me com tua razão tão violenta.
Ensopa-me de lágrimas como se a chuva estivesse na ponta dos teus dedos.
Obriga-me a engolir verdades com teus sonhos fantasiosos.
E abraça-me como se não pudesse ver meus braços soltos no vazio dessa tarde que me mata!

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