domingo, 17 de janeiro de 2010

Quando penso em você, não sei se penso; acho que vivo você. Sinto suas mãos a caminharem por meus espaços martes, a me levarem a lugares incomuns, a supirar por sonhos tão comuns.
Quando vivo em você, não sei se vivo; acho que revivo em ti toda fúria e todo o medo de tempos antes, onde à merce do rádio, ou de qualquer escolha, ouvia qualquer música quando você passava. Quando sonho com você, não sei se sonho, acho que deliro. Faço de tí revés. cais. alvo do tiro tão surdo quanto minha palavra proferida no quarto depois da transa daquele dia.
Quando você acende um cigarro, não sei se é você que fuma, acho que sou tragada para dentro e atirada sobre a parede dos pulmões impunes. Alí não sei se escondo ou nasço, acho que respiro!
Quando de longe vejo você chegar, não sei se chega, acho que apenas volta, porque em algum momento foi.
Quando percebo que te amo, não sei se amo, acho que apenas repito o que já é um grito em mim. Ecooa em nós gestos tão desmedidos e tão incríveis como aquela estrela que sem motivo brilha tão cativa no céu.
Eu queria não achar mais nada, acho que não acho mais, e assim, vivo!

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