terça-feira, 16 de março de 2010

Do inventar


No som "Muito romântico"
e um incenso de rosas (para delirar)
Inventei de viver. - Vivi o que inventei!
Tantas vezes pressenti desejos, aos poucos, queimaram todos em mim. Tantas vezes pintei alegrias, muitas vezes, sorrisos inventados foram meus ainda que de tantos outros.
Tantas vezes inventei de me perder, me perdi e encontrei muitas outras, que não inventei, que simplesmente existem. De-li-ran-te-mente!
Inventei de inventar palavras. -Arrisquei-me em pré-sentimentos,
anti-verbos, algumas ações.
Aos poucos me refiz em adjetivos pontiagudos e obtusos.
Alguma vez deixei-me doce, para que a fome do amor, saciasse meu espírito.
Também inventei de amar. E amei. Amei com um amor que criei sem metades.
Sempre fui inteira. Ainda que metades façam de mim inteira-metade de uma das faces do que realmente re-pre-sen-to!
Inventei quereres. Quis tanto que nem sabia o que era.
Hoje sei segundo outra invensão.Inversão de valores, troca de ideais.
Mas ainda quero. Preciso.
Aos poucos fui querendo mais e sempre mais.
Bebo na fonte dessa criação e me banho de malícias.
Aos poucos perdi alguns desses quereres. Lampejos de minutos atrás. Mas que ainda pulsam, doi-da-men-te!
Inventei que ia me inventar outra.
Lírica. Eu ao avesso. Evidente.
Brotou face a face com o que fui antes e o que ainda sou agora, por uma questão de irracionalidade.
Inventei a paixão em mim e com ela o nascimento;
-Se estou viva?
...talvez um dia ainda invente isso!
Vida!

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