quinta-feira, 22 de abril de 2010

Nosso Jeito


A textura dos teus dedos a procura-me
No escuro sou
,Objeto de desejo, tentações.
Tua fala, sussurros duros a despir-me.
No vão da madrugada
Perdidas intenções nos lençóis.
Falas imperfeitas, bocas a sugar;
Medo som e fúria
Na perfeita sincronia, balanço.
Põem em mim objetos da sua loucura
Coloco em ti todas as provas que me excitam.
No escuro
As velas deflagram corpos,
Deitados no chão, à deriva;
A ver estrelas flutuarem num céu escuro
De um azul tão escuro que assusta,
Seria nossa entrega a razão do medo?
Tua boca tortura meus espaços,
Eu defendo dos teus golpes
Atacando.
Nego teus pedidos
Faço outros
Tu sem pudor
Cumpre.
Assim nosso jogo
Começa, acaba
Tantas vezes que não sei
Quem cansa, descansa, implora!
Sei apenas que continuamos
E que nosso desejo
Ultrapassa razão. Tempo.

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